Quais São os Cursos que Menos Empregam no Brasil Atualmente?

Quais São os Cursos que Menos Empregam no Brasil Atualmente?

A relação entre oferta e demanda de profissionais é um fator determinante para a empregabilidade. No cenário do ensino superior no Brasil, que passa por transformações constantes, refletindo as mudanças no mercado de trabalho e na economia, uma questão que preocupa muitos estudantes e profissionais é a empregabilidade após a conclusão do curso. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Semesp em parceria com a Workalove revelou dados importantes sobre os cursos com maior índice de desemprego no país.


Neste artigo, apresentamos uma análise detalhada sobre os cursos que enfrentam maiores desafios na inserção profissional, mostrando as possíveis causas e implicações desse fenômeno. Além disso, abordamos alternativas e estratégias para os profissionais dessas áreas. Se você está em dúvida sobre qual carreira seguir ou quer entender melhor o mercado de trabalho, continue lendo!


Metodologia da Pesquisa

A pesquisa conduzida pelo Instituto Semesp e pela Workalove teve como objetivo mapear a situação de empregabilidade dos egressos do ensino superior brasileiro. O levantamento ocorreu entre 9 de agosto e 1º de setembro de 2024, coletando dados relevantes sobre trabalho, renda e planejamento de carreira dos participantes.


Perfil dos Participantes

Os resultados da pesquisa revelaram um perfil diversificado dos respondentes:

  • 55,9% concluíram a graduação há menos de três anos
  • 54,6% se autodeclaram brancos, 31,6% pardos e 10% pretos
  • 68,2% possuem apenas a graduação como nível mais alto de escolaridade
  • 68,3% têm até 34 anos de idade
  • 53,3% se identificam como mulheres cisgênero e 38,3% como homens cisgênero

Análise dos Cursos com Maior Desemprego

1. História

O curso de História lidera a lista com 31,6% de desemprego entre os formados. Fatores como a desvalorização da carreira docente e a redução de investimentos em pesquisa e cultura podem contribuir para esse cenário. A carreira de professor, que é uma das principais opções para os formados em História, enfrenta desafios como salários baixos e condições de trabalho precárias.


2. Relações Internacionais

Com 29,4% de desemprego, o curso de Relações Internacionais enfrenta desafios relacionados à limitação de vagas no setor público e à forte concorrência no setor privado. A carreira em Relações Internacionais exige um alto nível de especialização e, muitas vezes, experiência internacional, o que pode ser um obstáculo para muitos recém-formados.


3. Serviço Social

O índice de 28,6% de desemprego entre os formados em Serviço Social pode estar associado à redução de investimentos em políticas sociais e à precarização das condições de trabalho na área. Apesar da importância do Serviço Social para a sociedade, a falta de valorização e de recursos afeta diretamente a empregabilidade dos profissionais.


4. Radiologia

Com 27,8% de desemprego, o curso de Radiologia enfrenta desafios como a concentração de oportunidades em grandes centros urbanos e a necessidade de constante atualização tecnológica. A área da saúde, em geral, exige uma formação contínua e especializada, o que pode ser um entrave para alguns profissionais.


5. Enfermagem

Apesar da alta demanda por profissionais de saúde, o curso de Enfermagem apresenta 24,5% de desemprego entre os formados, possivelmente devido à saturação do mercado em algumas regiões e às condições de trabalho desafiadoras. A Enfermagem é uma das carreiras mais importantes na área da saúde, mas a falta de valorização e os baixos salários são fatores que desestimulam muitos profissionais.


Outros Cursos com Altas Taxas de Desemprego

Além dos cursos mencionados anteriormente, outros também apresentam índices preocupantes de desemprego:

  • Gestão de Pessoas/RH (16,7%)
  • Análise e Desenvolvimento de Sistemas (15,6%)
  • Pedagogia (15,1%)
  • Direito (15%)
  • Psicologia (14,6%)

Cursos com Maior Empregabilidade

Em contrapartida, a pesquisa também identificou os cursos com as maiores taxas de empregabilidade:

  • Medicina (92%)
  • Farmácia (80,4%)
  • Odontologia (78,8%)
  • Gestão da Tecnologia da Informação (78,4%)
  • Ciência da Computação (76,7%)

Fatores que Influenciam a Empregabilidade


1. Demanda do Mercado

A relação entre oferta e demanda de profissionais é um fator determinante para a empregabilidade. Cursos como Medicina, por exemplo, beneficiam-se da escassez de profissionais em relação à demanda existente. Por outro lado, áreas saturadas, como Direito, enfrentam maiores desafios.


2. Valorização Social da Profissão

Algumas carreiras, como a de professor de História, enfrentam desafios devido à desvalorização social e às condições de trabalho precárias, o que pode desestimular a busca por oportunidades na área. A valorização social de uma profissão está diretamente ligada à sua empregabilidade.


3. Economia

O cenário econômico do país influencia diretamente a empregabilidade em determinadas áreas. Períodos de recessão podem afetar setores como engenharia e infraestrutura, reduzindo as oportunidades de trabalho. A economia em crescimento, por outro lado, tende a gerar mais empregos e oportunidades.


Estratégias para Aumentar a Empregabilidade

1. Educação Continuada

Investir em cursos de especialização, pós-graduação e capacitações específicas pode ampliar as oportunidades de inserção no mercado de trabalho. A educação continuada é essencial para se manter competitivo em um mercado cada vez mais exigente.


2. Desenvolvimento de Habilidades Complementares

Adquirir competências em áreas como tecnologiagestão e idiomas pode diferenciar o profissional no mercado competitivo. Habilidades complementares são cada vez mais valorizadas pelos empregadores.


3. Networking e Visibilidade Profissional

Construir uma rede de contatos e manter uma presença profissional ativa em plataformas online pode abrir novas oportunidades de carreira. O networking é uma ferramenta poderosa para aumentar a empregabilidade.


A escolha de um curso superior é uma decisão crucial que pode impactar diretamente a carreira e a vida profissional de um indivíduo. É importante considerar não apenas a paixão e o interesse por uma área, mas também as perspectivas de emprego e as condições do mercado de trabalho. Cursos como HistóriaRelações Internacionais e Serviço Social enfrentam desafios significativos em termos de empregabilidade, enquanto áreas como Medicina e Tecnologia da Informação oferecem melhores oportunidades.


Investir em educação continuada, desenvolver habilidades complementares e construir uma rede de contatos são estratégias essenciais para aumentar a empregabilidade e se destacar no mercado de trabalho. Se você está em dúvida sobre qual carreira seguir, pesquise bem, converse com profissionais da área e avalie as perspectivas de emprego antes de tomar uma decisão.



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