Farmacologia do diabetes Farmacologia Aplicada (Farmácia)

Apresentação Farmacologia do diabetes

O pâncreas produz hormônios peptídicos, insulina, glucagon e somatostatina, os quais têm papel importante na regulação das atividades metabólicas do organismo, especialmente na homeostasia da glicose.


O diabetes melito é definido por níveis elevados de glicemia associados a uma secreção pancreática de insulina inadequada ou ausente, e é classificado em quatro categorias: diabetes melito tipo 1, tipo 2, outros tipos de diabetes (causados por defeito genético ou medicações) e diabetes melito gestacional. Importante ressaltar que o diabetes melito pode causar um quadro de hiperglicemia grave, que, se não for tratada, pode resultar em retinopatia, nefropatia, neuropatia e complicações cardiovasculares. Portanto, torna-se necessária a administração de insulina ou outro fármaco hipoglicemiante para reduzir a morbidade e a mortalidade associadas ao diabetes.


o mecanismo de ação e os efeitos adversos das diferentes classes de fármacos usados no tratamento do diabetes melito.


Objetivo de  aprendizagem :

  • Identificar as classes de fármacos usados no tratamento do diabetes melito
  • Explicar o mecanismo de ação de fármacos usados no tratamento do diabetes melito
  • Descrever efeitos adversos de fármacos usados no tratamento do diabetes melito

Infográfico


Diabetes é uma doença crônica em função da qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz.


Em alguns indivíduos, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta do pâncreas, que passa a liberar pouca ou nenhuma insulina para o corpo, ocasionando hiperglicemia. Esse é o processo que caracteriza o diabetes tipo 1 (DM1), que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença. O DM1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Obrigatoriamente é tratado com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.


O diabetes tipo 2 (DM2) ocorre quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o DM2. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar, porém pode ser preciso o uso de fármacos hipoglicemiantes orais e o uso de insulina para controlar a glicose.


Veja no Infográfico a classificação e os efeitos adversos das diferentes classes de fármacos usados no tratamento do diabetes melito.



Diabetes melito (DM) é doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não usa eficazmente a insulina produzida, resultando em hiperglicemia e outras alterações metabólicas. Ele promove dano microvascular (retinopatia, nefropatia e neuropatia) e se associa com redução de qualidade de vida, significante morbidade e aumento do risco de complicações macrovasculares, como cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular e doença vascular periférica.


O objetivo do tratamento do diabetes melito com o uso de insulinoterapia e/ou hipoglicemiantes orais é retardar a progressão da doença, maximizar a qualidade de vida, prevenir emergências diabéticas, reduzir o risco de complicações micro e macrovasculares e minimizar episódios de hipoglicemia.


Dica Farmacologia do diabetes


A classificação atual do diabetes melito identifica um grupo de pacientes que praticamente não apresenta nenhuma secreção de insulina e cuja sobrevida depende da administração de insulina exógena, que são os pacientes portadores de diabetes melito do tipo 1 (DM1). Além deles, também temos os pacientes portadores de diabetes melito do tipo 2 (DM2), embora a maioria dos pacientes com DM2 não necessite insulina exógena para a sua sobrevida.


Contudo, a maioria dos pacientes precisa de intervenção farmacológica com hipoglicemiantes orais e, além disso, com a progressão do DM a função das células β diminui gradativamente e o tratamento com insulina passa a ser necessário para alcançar níveis glicêmicos satisfatórios.


Nesse cenário, a produção de novas insulinas e de novos dispositivos de aplicação auxiliam, de modo significativo, a adesão do paciente ao tratamento com insulina


Na prática Farmacologia do diabetes


A hipoglicemia constitui a complicação mais comum da insulinoterapia. Em geral, resulta de um consumo inadequado de carboidratos, de esforço físico intenso ou da administração de dose de insulina excessivamente alta.

Os sinais da hipoglicemia se caracterizam por hiperatividade autônoma, e existem aqueles decorrentes da ativação simpática (taquicardia, palpitações, sudorese, tremor) e parassimpática (náuseas, fome), podendo evoluir para convulsões e coma se o paciente não for tratado.

Com relação ao tratamento da hipoglicemia, todas as manifestações da hipoglicemia são aliviadas com a administração de glicose. Para acelerar a absorção, deve-se administrar açúcar simples ou glicose, de preferência na forma líquida. Para tratar a hipoglicemia leve em um paciente consciente e capaz de deglutir, podem-se fornecer comprimidos de glicose, gel de glicose ou qualquer líquido ou alimento contendo açúcar.


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