"Nos deparamos com imagens criadas para revelar o que vemos e o que pensamos, mas a todo instante somos surpreendidos com a mesma imagem, a imagem do corpo.”
Fábio Magalhães é um artista baiano, que encontrou na pintura o lugar onde poderia inventar e reinventar conforme sua vontade. Desde bem cedo se dedicou a ler livros de história da arte a fim de tentar interpretar o pensamento dos artistas de cada época histórica, na infância Fábio morou a 662 km de salvador, para onde tempos depois mudou-se com o proposito de estudar, em 2001 Fábio ingressou na Escola de Belas Artes da UFBA.
“Eu faço arte contemporânea. Há um equívoco por parte de alguns artistas quando tentam classificar a sua arte, mas é claro que sempre irá existir um conceito por trás do trabalho”.
Sobre sua série de pinturas hiperrealistas batizada de Retratos - Íntimos ;
” Olhar essas imagens agigantadas criam um estranho rebatimento sensorial, pois funcionam como uma espécie de espelho, onde muitas vezes, o observador se vê num reflexo perturbador. “ - Fábio Magalhães
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“O corpo aparece quase sempre como um representante do Ser e de sua condição social; contudo, sua imagem esconde outras imagens, aquelas produzidas pelas sensações ou mesmo pelos devaneios. Seja numa imagem abstrata ou figurativa seja numa ideia sobre o corpo, suas condições físicas, psíquicas e correlações com outros semelhantes se articulam e podem gerar infinitos signos do mesmo. Assim, podemos ver as “guerras” existentes entre o corpo e o tempo, o corpo e os lugares, o corpo e os outros corpos; contudo, existem outras “guerras” que enfrentamos aquelas introjetadas nos sistemas internos desses corpos.” - Fábio Magalhães
“Na história da pintura, contudo, verificamos seu sofrimento junto àqueles responsáveis por sua existência, permanência agonizante, sua morte e ressurreição; mantendo ciclos de resignação e transformações frente aos desafios da sobrevivência da espécie humana e de seus feitos. Com isso, nos deparamos com imagens criadas para revelar o que vemos e o que pensamos, mas a todo instante somos surpreendidos com a mesma imagem, a imagem do corpo.”
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